sexta-feira, 14 de março de 2008

O Sócrates, como eu o vi


Ontem senti Sócrates muito cauteloso, muito hesitante e a medir bem todas as palavras.

Uma das coisas com que concordei: "A oposição tem-se unido contra o governo, mas não tem apresentado propostas concretas para o país". Completely true.

Ligou a Zapatero para mostrar que é bem relacionado, mas era escusado estar debaixo de chuva intensa só para falar com o congénere! Conselho: precisa melhorar bastante o seu espanhol!

Passamos para o seu gabinete. Grande publicidade às canetas Parker, para enfatizar que são baratas (e que não usa Montblanc).

Quis passar uma imagem diferente da que lhe insistem em atribuir: "É tão fácil neste país confundir firmeza com autoritarismo" = eu sou bonzinho e não faço imposições.

Ponto a favor: é benfiquista.

Acha-se generoso. A Secretária concorda (ai dela!). É como eu, de ideias fixas quando acha que tem razão.

O que saltou de toda a entrevista? o anão zangado...porque será que os assessores fizeram a piadola?

Ah, e a amiga, mulher de António Costa, a manifestar-se contra o seu governo, logo na primeira página do DN...que incómodo, não?

E no final, uma dúvida, quem escolheu ir passear para o Bairro Alto? Credo, aquilo de dia tem um ar sujo e deprimente. E era ver os seus seguranças, a cada esquina, a tentar fugir do plano da imagem.

Não gostei muito do Sócrates que vi ontem. Expressões muito pouco naturais, conversa pouco fluida. Ontem vi um Sócrates que começa a ficar preocupado.

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