Alimentar a alma

Por vezes é preciso alimentá-la, dar-lhe coisas boas, momentos para recordar e alimentar a alma é alimentar tudo o resto. E foi assim que partimos rumo a um vale frio e ventoso. Passámos por um burro, pelo cheiro a vacas, mas encontrámos o nosso destino: a casa do Rui e da Rita, mais conhecida como a Casa dos Matos (esta foi uma generosa oferta da nossa amiga Insolente, mas que ainda não tínhamos usufruído - e quase deixámos passar o prazo de validade).

Estavam 7ºC no vale de Alvados. À entrada, fomos recebidos pela voz calma da Rita, a deixar antever a própria calma da casa. O quarto era beringela (como será que adivinharam?!), a paisagem era verde e o silêncio interrompido pelo som do vento. Mas que belo local para alimentar a alma!

Ao que parece o jantar fazia parte e os cozinhados do avô João fizeram jus ao que se diz deles nas revistas. Aqueceram-nos bem a barriga!

- Salmão com molho tártaro,

- Camarões Suados no forno com alhinho

- Beijinhos folhados

- Sopa Campestre Aveludada

- Lombinho de porco assado, recheado com farinheira

- Morangos da horta dos Matos

- Gelado de nata com molho quente de framboesas

- Vinho tinto Quinta Cabriz

- Licor caseiro de Framboesas

Huuum...não foi só a alma que saiu mais cheia!

Era dia de jogo e apesar de Portugal não ter ganho, a lareira conseguiu aquecer-nos os ânimos.

Na manhã seguinte o despertador foram os pássaros madrugadores. O campo é muito bonito sim senhor, mas às 6h não é propriamente a melhor hora para apreciar a natureza!

O pequeno-almoço foi cheio de sol. Com sumo de frutas, compota caseira de morangos e pão do forno dos Matos.

E apesar do frio, foi assim que aquecemos e alimentámos a alma. São estes momentos que valem a pena!