segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Querido Pai Natal * (ou, isto aplica-se tão bem à minha pessoa)

"Querido Pai Natal,
Eu sei. Este é um ano complicado. Este é o ano em que nos recolhemos num momento de introspecção e reconhecemos que Natal é mais do que presentes. Estamos em crise. Mas, verdade seja dita, quando é que não estivemos? Em que altura da nossa existência é que vivemos em abundância? (...).
O que se passa é que sou uma pessoa a quem faltam coisas. Assim, no geral. Basicamente, preciso de tudo. Ou melhor, tenho de tudo, mas nada do que venha estará a mais. Por exemplo, jamais me verão a olhar com ar de enfado para mais um vestido da Zara, para mais uma saia da Mango, para mais uns sapatos da H&M. Que me caia agora o tecto em cima se torço o nariz a um cheque Fnac, a um vale vitalício para massagens ou a maquilhagem da boa (a má dá-me cabo da cara, obrigadinha). Por isso, e para facilitar a vida a quem me rodeia e me acha merecedora de um presente, não vale a pena divagarem muito e pensarem em coisas rocambolescas e pós-modernas. Tudo o que foi referido acima será acolhido com amor e carinho na minha árvore de Natal. Pelo sim, pelo não, agradeço que juntem o talão de troca. Uma coisa é eu confiar que vão às lojas certas, outra é acreditar que os vossos sentidos estão suficientemente apurados para saberem o que eu gosto. O que conta é a intenção, certo? E eu não levo a mal se a vossa for um tiro ao lado. Não se esqueçam é do talão de troca, está bem? (...)

*por Ana Garcia Martins
Ler crónica completa aqui:

Sem comentários: